quinta-feira, 3 de julho de 2008

Não há amor

Não há amor pelo próximo
Há carinho presente
Sorriso feito de lembranças
Gotas de um desejo
Forte como a chuva lá fora
Atravessando a rua com pressa
Em busca da grandeza do mar

Não há amor pelo próximo
Talvez um aperto no coração
Um olhar cálido para o tempo
Palavras doces no papel branco
Sobre a escrivaninha a arrumar

Não há amor pelo próximo
Quem sabe o ciúme infantil
Mãos saudosas da segurança sentida
Entre as ruas desconhecidas daquele lugar
Com seu ar frio e aconchegante

Não há amor pelo próximo
Há o amado
Perdido na estrada distante
Alcançando sonhos na tarde quente
Rompendo as janelas dos olhos sedentes
Sem deixar nada faltar

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