Me dar tua mão macia
Assim não me perco entre o concreto
Pelas ruas centrais deste bairro deserto
Envolto em sons que já não ouço mais
Queremos um mapa para encontrar a morada
Dos tecidos que deixei para trás
Alçancar os papéis com marca d'água
Registro de tanto já feito
A busca do quase perfeito
Tijolos para construir um sereno leito
Nessa noite a procura de paz.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Entreaberta
Pela porta entreaberta ele se esgueira
A procura do colo descoberto
Repouso quente e pulsante
Acolhendo as mãos trêmulas
Ansiosas, tímidas, desejando
Declarações sinceras
Ela sabe que ele vem, e espera
E se perfuma como uma flor
O corpo o chama
A boca cala
Ele se entrega, depois se vai
E fica a porta entreaberta
Voltar, não mais.
A procura do colo descoberto
Repouso quente e pulsante
Acolhendo as mãos trêmulas
Ansiosas, tímidas, desejando
Declarações sinceras
Ela sabe que ele vem, e espera
E se perfuma como uma flor
O corpo o chama
A boca cala
Ele se entrega, depois se vai
E fica a porta entreaberta
Voltar, não mais.
Sem sono
Morpheu partiu
Terá outro compromisso?
Outros olhos onde repousar sua mãos soníferas
Deixando imagens de um passado distante
Um futuro incerto, um presente fulgraz
Nas mentes acordadas, ociosas
A construir castelos de cartas
A jogar palavras ao tempo
Marcado pelo relógio sem corda
Que parou as 15 para as 3h.
Terá outro compromisso?
Outros olhos onde repousar sua mãos soníferas
Deixando imagens de um passado distante
Um futuro incerto, um presente fulgraz
Nas mentes acordadas, ociosas
A construir castelos de cartas
A jogar palavras ao tempo
Marcado pelo relógio sem corda
Que parou as 15 para as 3h.
terça-feira, 17 de junho de 2008
luzes
Gosto do perigo depois da meia - noite
Sob a luz fraca que tentar mostrar os rostos
Dos postes altos na ruas vazias
Os toques de sapatos ecoando distante
Vozes sussurando atrás dos muros
E tudo isso, de olhos fechados
Corpo descansado sobre a cama
Num sonho até o começo do amanhecer.
Sob a luz fraca que tentar mostrar os rostos
Dos postes altos na ruas vazias
Os toques de sapatos ecoando distante
Vozes sussurando atrás dos muros
E tudo isso, de olhos fechados
Corpo descansado sobre a cama
Num sonho até o começo do amanhecer.
Amigo
Dê - me seu ombro amigo
Para que o banhe de lágrimas
Depois de sorriso
Encharque - o de beijo e te seduza
Leve-o, então, para debaixo dos lençois claros
Deixando as luzes acesas a revela -te a face
E tu veras o busto nu
Sentirá a pele arder
Assim, terei mais que teu ombro
E tu, terás mais que um sorriso.
Para que o banhe de lágrimas
Depois de sorriso
Encharque - o de beijo e te seduza
Leve-o, então, para debaixo dos lençois claros
Deixando as luzes acesas a revela -te a face
E tu veras o busto nu
Sentirá a pele arder
Assim, terei mais que teu ombro
E tu, terás mais que um sorriso.
Ouro de Minas
Voltar e vê as paredes banhadas em ouro
Erguidas num rio de sangue negro
Num vale frio e verde
Que no amanhecer a neblina esconde
Para revelar a estrada de pedra
Que levam a cachoeiras de água pura
Fontes desconhecidas das peles morenas
Buscando entre a multidão visitante
O olhar daquele que não se vai.
Erguidas num rio de sangue negro
Num vale frio e verde
Que no amanhecer a neblina esconde
Para revelar a estrada de pedra
Que levam a cachoeiras de água pura
Fontes desconhecidas das peles morenas
Buscando entre a multidão visitante
O olhar daquele que não se vai.
Suas lentes
Das tuas lentes tiro palavras
Talvez o inverso do que tu vê
Porque não se sabe o que sentes
Quanto teus olhos piscam
Congelando aqueles que passam
Outros que ficam
A água que cobre a parede fina
Que virou lama derrubando o teto
Mostrando o céu pesado
Corpos amendrontados
Na espera que tudo vire passado.
Talvez o inverso do que tu vê
Porque não se sabe o que sentes
Quanto teus olhos piscam
Congelando aqueles que passam
Outros que ficam
A água que cobre a parede fina
Que virou lama derrubando o teto
Mostrando o céu pesado
Corpos amendrontados
Na espera que tudo vire passado.
Esquina da Vida
Nada de olhar entre as frestas da porta
Deixem a Vida passar feia e triste
Vestida em trajes sumários
Chegar e parar numa esquina qualquer
Na vã esperança de que uma moeda prateada
Caia -lhe na palma da mão
Alimente seu corpo magro
Manchado pela ausência de pouco
Um pouco de pão, de água, de calor
E cheia, do cinza da fumaça
Do silêncio de quem passa
Sentindo-se só, em meio a desgraça.
Deixem a Vida passar feia e triste
Vestida em trajes sumários
Chegar e parar numa esquina qualquer
Na vã esperança de que uma moeda prateada
Caia -lhe na palma da mão
Alimente seu corpo magro
Manchado pela ausência de pouco
Um pouco de pão, de água, de calor
E cheia, do cinza da fumaça
Do silêncio de quem passa
Sentindo-se só, em meio a desgraça.
Ontem
És eterno passado
O ontem que definha lentamente
Olhando pela janela entreaberta pés correndo
Trôpegos atravessando a rua com pouca luz
Sentido o asfalto frio libertando pedrinhas pretas
Entranhando -se e marcando a pele lisa
Antes protegida por corpos ávidos de suor
Sob sussurros no quarto fechado
Tudo em descoberto.
O ontem que definha lentamente
Olhando pela janela entreaberta pés correndo
Trôpegos atravessando a rua com pouca luz
Sentido o asfalto frio libertando pedrinhas pretas
Entranhando -se e marcando a pele lisa
Antes protegida por corpos ávidos de suor
Sob sussurros no quarto fechado
Tudo em descoberto.
Arte
Esta arte é multicolorida
Escrita dentro de um caleidoscópio
Cheias de espelhos, tentado explicar a vida
Assim lenta, assim calma, sempre seguido
Uniões refletindo olhares curiosos
Na tela antes incolor
Aquietam as almas
Outras vezes causam estupor
Mas, sempre, incita a dúvida.
Escrita dentro de um caleidoscópio
Cheias de espelhos, tentado explicar a vida
Assim lenta, assim calma, sempre seguido
Uniões refletindo olhares curiosos
Na tela antes incolor
Aquietam as almas
Outras vezes causam estupor
Mas, sempre, incita a dúvida.
Neblina
Vontade de segurar a mão
Enquanto o frio se despede
O luz vem marcando o fim do ontem
Subindo por entre os morros
E pés seguem, descendo as ladeiras
O ar escondendo a estrada negra
Tudo segue, o sol atravessa a neblina
Vai-se a noite, mas ainda há sono
Esperando um travesseiro limpo
Repousar os olhos
Relembrar a silhueta no amanhã
Enquanto o frio se despede
O luz vem marcando o fim do ontem
Subindo por entre os morros
E pés seguem, descendo as ladeiras
O ar escondendo a estrada negra
Tudo segue, o sol atravessa a neblina
Vai-se a noite, mas ainda há sono
Esperando um travesseiro limpo
Repousar os olhos
Relembrar a silhueta no amanhã
domingo, 8 de junho de 2008
Gota
Dia claro lembra chuva fina
Passos lentos em direção incerta
Para quem sabe encontrar
Uma flor branca
Em cujas pétalas
Doce odor se esconde
Mas impregna a gota que caí devagar
Passos lentos em direção incerta
Para quem sabe encontrar
Uma flor branca
Em cujas pétalas
Doce odor se esconde
Mas impregna a gota que caí devagar
terça-feira, 3 de junho de 2008
Final
Acabou
Foram -se os olhos castanhos
As palavras ternas
Nada de galanteios
Findou -se
Tantas, em tantos lados
Novos virão
Sem pressa
Chegarão
Foram -se os olhos castanhos
As palavras ternas
Nada de galanteios
Findou -se
Tantas, em tantos lados
Novos virão
Sem pressa
Chegarão
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Pseudo
Escrevo versos como quem chora
Na procura sincera dos teus beijos de outrora
Na certeza plena que só sei te amar
E por mais que a saudade me assalte
Percorro cada carta tua outra vez
Para sorrir por saber -te ser só meu
Na procura sincera dos teus beijos de outrora
Na certeza plena que só sei te amar
E por mais que a saudade me assalte
Percorro cada carta tua outra vez
Para sorrir por saber -te ser só meu
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