Finjo desconhecer o castanho dos teus olhos
O vermelho vivo de teus lábios
O tecido negro que cobre teu corpo magro
Finjo não saber os livros que leu
O caminho que trilho
A hora que aqui chegou
Finjo um bem-querer fraterno
Quando quero te abraçar no inverno
E no futuro te fazer juras de amor.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
domingo, 20 de maio de 2012
Tarda
A um palmo do meu abraço
Nao te alcanço, não te acho
Os dias vem, então me afasto
Sem despedida, sem nenhum rastro
Sei que nem vais notar
O adeus que não tarda a chegar
Nao te alcanço, não te acho
Os dias vem, então me afasto
Sem despedida, sem nenhum rastro
Sei que nem vais notar
O adeus que não tarda a chegar
Passagem
Antes sorriso, agora lágrimas
Antes prazer, agora dor
Antes espera, agora fuga
Antes luz, agora cegueira
Antes quimeras, agora terror
Antes espelho, agora fosco
Antes desejo, agoranem sei quem sou
Antes prazer, agora dor
Antes espera, agora fuga
Antes luz, agora cegueira
Antes quimeras, agora terror
Antes espelho, agora fosco
Antes desejo, agoranem sei quem sou
Corrido
Tantas horas marca seu relógio
Os minutos se multiplicam
Teu dia dura dezenas de anos
Mesmo nessa quase eternidade
Um coração amante não cabe
Então, ele se esgueira entre os segundos
Seguindo as pegadas que tu deixa no concreto
Na ânsia te tentar te conhecer
Decifrar o teu silêncio, tua fala
Te buscando, no teu tempo que não pára
Os minutos se multiplicam
Teu dia dura dezenas de anos
Mesmo nessa quase eternidade
Um coração amante não cabe
Então, ele se esgueira entre os segundos
Seguindo as pegadas que tu deixa no concreto
Na ânsia te tentar te conhecer
Decifrar o teu silêncio, tua fala
Te buscando, no teu tempo que não pára
Desencontro
Quero encontrar contigo
Sem paredes humanas te escondendo
Sem agendas invisiveis
Sem ruas longas para travessia
Quero encontrar contigo
Abraçar teu corpo
Mas não te quero meu amigo
Pois desejo te entregar meu peito apressado
Esquentar minha mão fria nos teus dedos
Quero encontrar contigo
E já não posso
Nosso desencontro é culpa de um segredo
Presa fico naquela data
De longe te vejo,
De longe te sigo
Sem paredes humanas te escondendo
Sem agendas invisiveis
Sem ruas longas para travessia
Quero encontrar contigo
Abraçar teu corpo
Mas não te quero meu amigo
Pois desejo te entregar meu peito apressado
Esquentar minha mão fria nos teus dedos
Quero encontrar contigo
E já não posso
Nosso desencontro é culpa de um segredo
Presa fico naquela data
De longe te vejo,
De longe te sigo
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