terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Linhas

De que  adianta tantas palavras escritas
Que quase tiram sangue das linhas
 Já que vc nem se importa em ler
Então fica aqui o silêncio
O respeito a distância que crias
Pois vejo que não queres me ter
E vou seguindo os dias
Na trilha de te esquecer

sábado, 8 de dezembro de 2012

Sol(ta)

Volta a ser só
Solteira, solta, sozinha
E nesta solidão sem tristeza é centro
É um
É vela que ilumina
É SOL(ta) que brilha

Art(d)e

a arte nao me diz nada
me distrai da dor que arde
que só o tempo fará ceder

domingo, 18 de novembro de 2012

Tempo parado

Eu páro o tempo para pensar em você
E mesmo quando o tempo gira
Correndo em círculos, só penso em te ter
Então escrevo poesias nos olhos
Que no final ninguém irá vê
E recrio, em rico detalhes, teu abraço
Desenho unindo os traços
Na busca de só te rever
Eu páro o tempo mesmo sem saber
Se o que tenho para lhe entregar
Vais querer receber.

domingo, 12 de agosto de 2012

Apavorar

Agora me apavora
Ter que te encontrar
Em qualquer lugar
A qualquer hora

A minha janela, mesmo aberta
Não te acompanha mais
E assim, meu peito fica alerta
O frio não passara jamais?

 O sabor quente da tua mão
Me esquentou o sangue
Me aguçou  a pele
E no final não tive paz



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Fingido

Finjo desconhecer o castanho dos teus olhos
O vermelho vivo de teus lábios
O tecido negro que cobre teu corpo magro

Finjo não saber os livros que leu
O caminho que trilho
A hora que aqui chegou

Finjo um bem-querer fraterno
Quando quero te abraçar no inverno
E no futuro te fazer juras de amor.

domingo, 20 de maio de 2012

Tarda

A um palmo do meu abraço
Nao te alcanço, não te acho
Os dias vem, então me afasto
Sem despedida, sem nenhum rastro
Sei que nem vais notar
O adeus que não tarda a chegar

Passagem

Antes sorriso, agora lágrimas
Antes prazer, agora dor
Antes espera, agora fuga
Antes luz, agora cegueira
Antes quimeras, agora terror
Antes espelho, agora fosco
Antes desejo, agoranem sei quem sou

Corrido

Tantas horas marca  seu relógio
Os minutos se multiplicam
 Teu dia dura dezenas de anos
Mesmo nessa quase eternidade
Um coração amante não cabe
Então, ele se esgueira entre os segundos
Seguindo as pegadas que tu deixa no concreto
Na ânsia te tentar te conhecer
Decifrar o teu silêncio, tua fala
Te buscando, no teu tempo que não pára


Desencontro

Quero encontrar contigo
Sem paredes humanas te escondendo

Sem agendas invisiveis
Sem ruas longas  para travessia

Quero encontrar contigo
Abraçar teu corpo
Mas não te quero meu amigo

Pois desejo te entregar meu peito apressado
Esquentar minha mão fria nos teus dedos

Quero encontrar contigo
E já não posso
Nosso desencontro é culpa de um segredo
Presa fico naquela data
De longe te vejo,
De longe te sigo

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Doze ponto um

Doze dias para o toque
Dozes meses para o engano
Doze passos para fuga
Doze dias para o alívio
Doze meses para esquecimento
Doze passos de distanciamento

Vento

Onde te encontro e onde te perco
Onde te acho e onde te abandono
Quero te largar no canto da escada
No passeio público
Te jogar dentro de uma lata
Porque vc nao pode me amar
Não pode atravessar o tempo
Nem ser chão onde me apoiar
Quero te deixar no esquecimento
Porque você não é alento
Fico é só, ao relento
Pedindo ao vento pra te levar.

Abandono

De volta haverá menos
Menos a dizer, menos a fazer
Haverá ainda que querer?
Se agora, aqui longe nem quero tanto
Não tem espaço para ocupar
Os fios tecidos vamos desfazer
Palavras ditas vamos esquecer
Nem tem mais o desejo do teu beijo
Uma vontade loca de te abandonar
Dizer adeus, me afastar
E seguir em frente
Em busca de uma cama quente
Algo mais que teus pedidos
Tantos vazios que não quero ocupar
Quero as chaves de volta
Minha porta fechada
Nada tenho a ensinar

Carruagem

Em tuas mãos teve o corpo
Porém, teu dedos querem a carruagem
Para abandonar o chão negro
Fugir da luz intensa
Correr do cansaço
Transpor espaços
O corpo pequeno e frágil nao interessa
Pois não pode te levar
Encurtar caminhos, fugir do frio
Impedir molhar
A carruagem prata te serve
Trará novos corpos para você gozar.

Doze passos

Doze passos nos separam
Caminhos preenchidos por sapatilhas
Rosas sapatilhas para pés pequenos
Uma atrás da outra ao teu encalço
Cujas pegadas são declarações
Que não deixam marcas no teu olhar
E já não te ouço, e nem te vejo
Envolto em nomes novos, rostos jovens
Me afasto, apenas os doze passos
Não consigo te alcançar.