Não entendo o que está a dizer
Mesmo assim continuo tão perto
Sem notar o começo do noite
Desanteciosa das letras distantes
E o que importa todos
Tão desconhecidos quanto tua voz rouca
Vinda do outro lado do mundo
Rompendo este silêncio branco
Escondido por cortinas encardidas
Perto de virarem pó
Como todas as imagens congeladas
Dentro da caixa de plástico e vidro.
sábado, 24 de janeiro de 2009
castelos
Deixe-a esconder -se sob seus olhos sem cor
Segurar sua mão sem que percebam
O quão inofensiva está
Depois que a neblina não a protege
Dos desconhecidos quando o dia começa
E se encarrega de abrir o caminho sob o asfalto
Desembocando em histórias tristes
Cujo começo não se entende
E o final não se pode escrever
Deixe-a adormecer sobre seu peito
Sendo apenas mais uma insanã
Em busca de castelos de carne
Muralhes de palavras
Construidas em cima da verdade que vem.
Segurar sua mão sem que percebam
O quão inofensiva está
Depois que a neblina não a protege
Dos desconhecidos quando o dia começa
E se encarrega de abrir o caminho sob o asfalto
Desembocando em histórias tristes
Cujo começo não se entende
E o final não se pode escrever
Deixe-a adormecer sobre seu peito
Sendo apenas mais uma insanã
Em busca de castelos de carne
Muralhes de palavras
Construidas em cima da verdade que vem.
Lembranças do sal
Lembranças do silêncio
Quebrado pelo correr do sal
Sobre a face insone
Durante dias, durou meses
Ficou o medo de endurecer
Escalar esse muro mudo
Vendo a lua vir
O sol ir
Sentindo os estilhaços ferindo
Onde só o sono alcança
Chegando em forma de pílulas
Falsa paz com nome de cura
Quebrado pelo correr do sal
Sobre a face insone
Durante dias, durou meses
Ficou o medo de endurecer
Escalar esse muro mudo
Vendo a lua vir
O sol ir
Sentindo os estilhaços ferindo
Onde só o sono alcança
Chegando em forma de pílulas
Falsa paz com nome de cura
Fingir
Se eu lhe espero
Talvez deva limpar o piso
Lavar os vidros
Para fazer de conta
Imaginar tudo novo
E fingir que tudo vai bem
Depois que anoitece
Atrás dos morros verdes
Da cor dos teus olhos
Que fiz chorar
Talvez deva limpar o piso
Lavar os vidros
Para fazer de conta
Imaginar tudo novo
E fingir que tudo vai bem
Depois que anoitece
Atrás dos morros verdes
Da cor dos teus olhos
Que fiz chorar
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Batalhão
Tenho um batalhão enfilheirado
Com pés fundos na lama da estrada
Em frente a varanda de concreto
Com vista para tua janela fechada
Ilumina -a uma luz solitária
Projetando sombras sobre ti
E é delas que ele te protege
Afastando a presença do medo
Que queira te possuir
Te levando sem dizer nada.
Com pés fundos na lama da estrada
Em frente a varanda de concreto
Com vista para tua janela fechada
Ilumina -a uma luz solitária
Projetando sombras sobre ti
E é delas que ele te protege
Afastando a presença do medo
Que queira te possuir
Te levando sem dizer nada.
A cura vem dentro do pêndulo
Feitura de ouro branco
Que atravessa a iris castanha
Apagando a dor com pó de morfina
Colhida da papoula mais fina
No outro lado do mundo
Para o corpo um insulto
E para alma salvação
Na ponta de uma agulha prateada
Que trespassa a carne rigida
Misturando as flores desse jardim
Erguer-se a lembrança do que nao existiu
Como um orgasmo infinito.
Feitura de ouro branco
Que atravessa a iris castanha
Apagando a dor com pó de morfina
Colhida da papoula mais fina
No outro lado do mundo
Para o corpo um insulto
E para alma salvação
Na ponta de uma agulha prateada
Que trespassa a carne rigida
Misturando as flores desse jardim
Erguer-se a lembrança do que nao existiu
Como um orgasmo infinito.
Sem cor
Sobre os pés o infinito em verde
Acima o azul sem fim
E na noite, eles se unem
Numa escuridão sem começo nem final
E assim, nem se sabe quem segue
O verde persergue o azul bonança
Ou o azul a misturar -se com o verde esperança
Para quando o dia se for sejam uno
Debaixo da névoa da noite
Descobertos pela frieza das lâmpadas incandescentes
Nesta cidade feita de ilhas de concreto
Com suas torres envidraçadas
Acima o azul sem fim
E na noite, eles se unem
Numa escuridão sem começo nem final
E assim, nem se sabe quem segue
O verde persergue o azul bonança
Ou o azul a misturar -se com o verde esperança
Para quando o dia se for sejam uno
Debaixo da névoa da noite
Descobertos pela frieza das lâmpadas incandescentes
Nesta cidade feita de ilhas de concreto
Com suas torres envidraçadas
Corrente
Como um mentiroso atravesso a noite
Escondendo por debaixo do sorriso essa fúria
Que tem força para debelar sua alma
Gana para rescontruir dos destroços
O pouco que sobrou desse corpo tolo
Seguidor dos teus pedidos
Escravos de sonhos mesquinhos
Corrente que prendem -me a esta margem
Ela fica do teu lado oposto e nao te alcanço
Ouços os passos, pegadas sobre o chao molhado
E sigo a noite, alcançarei o amanhã.
Escondendo por debaixo do sorriso essa fúria
Que tem força para debelar sua alma
Gana para rescontruir dos destroços
O pouco que sobrou desse corpo tolo
Seguidor dos teus pedidos
Escravos de sonhos mesquinhos
Corrente que prendem -me a esta margem
Ela fica do teu lado oposto e nao te alcanço
Ouços os passos, pegadas sobre o chao molhado
E sigo a noite, alcançarei o amanhã.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Cega
Cega serás
Sentira então o peso da carne
O Cheiro do pêlo
A força do beijo
O sangue a pulsar
Sem a fantasia de tintas
Nem tecidos finos
Ou desenhos cobrindo o calor
Terás apenas o humano
Telas de vidros a separar
Verdade na ponta do teu dedo
Acariciando tuas palpebras secas
Atravessando a irís opaca.
Sentira então o peso da carne
O Cheiro do pêlo
A força do beijo
O sangue a pulsar
Sem a fantasia de tintas
Nem tecidos finos
Ou desenhos cobrindo o calor
Terás apenas o humano
Telas de vidros a separar
Verdade na ponta do teu dedo
Acariciando tuas palpebras secas
Atravessando a irís opaca.
Audição
E tua voz ocupando a claridade
Arranca as palavras da escuridão debaixo de meus olhos
Para onde fugir quando não há esconderijo?
Onde ficar quando não se tem portas abertas?
Enquanto as cortinas encobrem as janelas de vidro
Sem relógios para marcar o tempo
O final do sonho cresce
Pesadelos com rostos conhecidos sob o tecido grosso
Protegendo do frio que não se sente.
Arranca as palavras da escuridão debaixo de meus olhos
Para onde fugir quando não há esconderijo?
Onde ficar quando não se tem portas abertas?
Enquanto as cortinas encobrem as janelas de vidro
Sem relógios para marcar o tempo
O final do sonho cresce
Pesadelos com rostos conhecidos sob o tecido grosso
Protegendo do frio que não se sente.
Duvidar do céu
Quero duvidar do céu
Para aceitar que segues outra direção
Oposta a meu olhar
Distante do meu abraço
Assim sofro menos
Faço os dias se tornarem escassos
Enquanto duvido que há sol e lua
Que teu oposto é tua cura
E fica aberta esta ferida
A marca do rastro dos teus dias
Envolto em meus beijos calidos
Resolvo duvidar, para crer que se fora
Para sempre.
Para aceitar que segues outra direção
Oposta a meu olhar
Distante do meu abraço
Assim sofro menos
Faço os dias se tornarem escassos
Enquanto duvido que há sol e lua
Que teu oposto é tua cura
E fica aberta esta ferida
A marca do rastro dos teus dias
Envolto em meus beijos calidos
Resolvo duvidar, para crer que se fora
Para sempre.
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