O segredo é um gota d'água
Límpida e minúscula a refletir
Os raios da amanhecer lá fora
O vento que afasta a poeira
Para debaixo do tapete xadrez
Sobre o piso branco
Manchado dos dias seguidos
Um atrás do outro
Cegos para gota singela
Pequena e discreta a exprimir vontade
Que pensará ter ido
Mas que robusta volta
Junto com o retrato em preto e branco
Desenhado sobre o fundo azul
Que ninguém pode tocar.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Severo senhor dai-me a chance de prosseguir
Neste caminho de pedras de pontas agudas
A riscar de sangue a planta de meus pés
Que atravessam a distância segura
Existindo para salvar os olhos do frio do tempo
Insistente em congelar os pensamentos
Lembranças pairando sobre os cobertores verdes
Moradores de fronhas delicadas em tom de azul
Confidentes de quimérias perdidas
Numa cidade velha, ficanda ao Sul.
Neste caminho de pedras de pontas agudas
A riscar de sangue a planta de meus pés
Que atravessam a distância segura
Existindo para salvar os olhos do frio do tempo
Insistente em congelar os pensamentos
Lembranças pairando sobre os cobertores verdes
Moradores de fronhas delicadas em tom de azul
Confidentes de quimérias perdidas
Numa cidade velha, ficanda ao Sul.
domingo, 24 de agosto de 2008
Quem sabe ficaremos bem
Ou talvez apenas sedados
Pelos goles de vinho as 3 da manhã
Acordados pelo café forte
E não mais com sonhos intactos
Dilacerados pela verdade do outro
Aquele que faz um caminho nada profundo
Onde um túnel superficial
Mesmo cheio de luzes, não leva a lugar algum
Além do próximo corpo nu
Desconhecidos em bares coloridos
Sem significado na noite barulhenta
De rostos sorridentes a esconder melancólia
Ou talvez apenas sedados
Pelos goles de vinho as 3 da manhã
Acordados pelo café forte
E não mais com sonhos intactos
Dilacerados pela verdade do outro
Aquele que faz um caminho nada profundo
Onde um túnel superficial
Mesmo cheio de luzes, não leva a lugar algum
Além do próximo corpo nu
Desconhecidos em bares coloridos
Sem significado na noite barulhenta
De rostos sorridentes a esconder melancólia
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Mil léguas
Entre tantos a dez passos da face
Logo vc, a mil léguas do meu olhar
Ocupa cada centímetro desde pensamento
Fazendo o corpo trêmulo
O peito apertar e ficar pequeno
Arranca o choro
Nem podes notar a lágrima descer
Sair correndo em fuga já não posso
Crescerá sem nada poder deter
E fica a sensação: fui imperfeito
Nada corrigi esse erro
Que acredito, estive a cometer
Encoberto pelo desejo de ti ter
Tanto pressa?
Logo você, a mil léguas de distância
É o segundo nessa vida que amo
Mais um que nada dirá
A quem tanto quero só carícia entregar
Logo vc, a mil léguas do meu olhar
Ocupa cada centímetro desde pensamento
Fazendo o corpo trêmulo
O peito apertar e ficar pequeno
Arranca o choro
Nem podes notar a lágrima descer
Sair correndo em fuga já não posso
Crescerá sem nada poder deter
E fica a sensação: fui imperfeito
Nada corrigi esse erro
Que acredito, estive a cometer
Encoberto pelo desejo de ti ter
Tanto pressa?
Logo você, a mil léguas de distância
É o segundo nessa vida que amo
Mais um que nada dirá
A quem tanto quero só carícia entregar
Acenos
Sinto falta de te encontrar pela manhã
Do "boa noite" após a madrugada
Saber das tuas passadas no cascalho antigo
Como foi teu entardecer
A distância não te apaga
Pois tão perto estive e pude te ver
Queria ter sido perfeito
E assim, entre tantos ser eleito
Cobrindo -te de bem - querer
Não apenas uma noite no leito
Minha mão para ti a se estender
Sendo muito mais que corpos
Uma busca dia a dia
Sem pressa de te conhecer
E, no entanto, fora outra tua escolha
Perto do teu toque
Ao lado de quem este caminho podes percorrer
Ficarão guardados num baú os beijos que te dei
Algo faltou, nunca descobrirei
E, tu, não ouvirás que por ti me apaixonei
Do "boa noite" após a madrugada
Saber das tuas passadas no cascalho antigo
Como foi teu entardecer
A distância não te apaga
Pois tão perto estive e pude te ver
Queria ter sido perfeito
E assim, entre tantos ser eleito
Cobrindo -te de bem - querer
Não apenas uma noite no leito
Minha mão para ti a se estender
Sendo muito mais que corpos
Uma busca dia a dia
Sem pressa de te conhecer
E, no entanto, fora outra tua escolha
Perto do teu toque
Ao lado de quem este caminho podes percorrer
Ficarão guardados num baú os beijos que te dei
Algo faltou, nunca descobrirei
E, tu, não ouvirás que por ti me apaixonei
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Aprendizado
Reaprenderá a chorar
O gosto forte e salgado
Lábios e olhos num vermelho vivo
O soluçar a sufocar o ar
Assim, o peito arfante
Tingi a face de dor silenciosa
Escondida pelas mãos de dedos longos
Antes do sol chegar
Anunciando o continuidade do ontem
Congelado em forma de lágrima
Que lhe atravessa a pele
Molhando o chão
Secando a alma
Em despedida ao impossível
Que fora tido
Mas se perdeu...
O gosto forte e salgado
Lábios e olhos num vermelho vivo
O soluçar a sufocar o ar
Assim, o peito arfante
Tingi a face de dor silenciosa
Escondida pelas mãos de dedos longos
Antes do sol chegar
Anunciando o continuidade do ontem
Congelado em forma de lágrima
Que lhe atravessa a pele
Molhando o chão
Secando a alma
Em despedida ao impossível
Que fora tido
Mas se perdeu...
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Fonte
E se for verdade aqui ficará
Por tempo indeterminado
Colorido ao meu lado
Minha fonte de palavras
Cores misturadas no pincel
Enchendo as paredes de tantos tons
O vermelho e amarelo do crepúsculo
O azul forte do meio - dia, vendo o sol crescer
O negro intenso da madrugada, às vezes fria
Dentre tantos os mais belo
É castanho tocante do teu olhar
Que deixa um vazio quando se vai
E é tudo assim que chega
Por tempo indeterminado
Colorido ao meu lado
Minha fonte de palavras
Cores misturadas no pincel
Enchendo as paredes de tantos tons
O vermelho e amarelo do crepúsculo
O azul forte do meio - dia, vendo o sol crescer
O negro intenso da madrugada, às vezes fria
Dentre tantos os mais belo
É castanho tocante do teu olhar
Que deixa um vazio quando se vai
E é tudo assim que chega
Passadas
Às vezes uma dor
Outras um sorriso
E sempre é você
Acordando -me às três da manhã
Procuro saber se algo teu chegou
Ver se por aqui passou
Deixando a hora marcada
Com canetas invisíveis
Em telas de cristal
Presas a fios de metal
Você passou
Então, sorrir
Outras um sorriso
E sempre é você
Acordando -me às três da manhã
Procuro saber se algo teu chegou
Ver se por aqui passou
Deixando a hora marcada
Com canetas invisíveis
Em telas de cristal
Presas a fios de metal
Você passou
Então, sorrir
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Brevidade
Às vezes penso em você
Outras em mim
Esperando o que há de vir
Assim, o dia passa lento
Uma máquina trás vento
Mesmo com janelas fechadas
Que a poeira encharca
As horas ficam leves
As imagens breves
E nada há que fazer
A não ser aceitar
Quem saber uma carta há de chegar
E, então, tudo perceber
Para não acabar
Outras em mim
Esperando o que há de vir
Assim, o dia passa lento
Uma máquina trás vento
Mesmo com janelas fechadas
Que a poeira encharca
As horas ficam leves
As imagens breves
E nada há que fazer
A não ser aceitar
Quem saber uma carta há de chegar
E, então, tudo perceber
Para não acabar
A descoberta
Chorou ao saber o nome
Sem poder pronuciá -lo
Se o gritar não ouvirá
O deixará guardado então
Escrito em papel pardo
Num caixinha de joías
Como uma história que não contará
Dentro de um caderno que não abrirá
Sem poder pronuciá -lo
Se o gritar não ouvirá
O deixará guardado então
Escrito em papel pardo
Num caixinha de joías
Como uma história que não contará
Dentro de um caderno que não abrirá
sábado, 2 de agosto de 2008
Um dia em 2002
Dê –me as chaves dessa porta
Ou abra para mim uma janela
Deixe – me perceber a cor da luz
Atravessar o corredor até seu quarto
E permitir que se complete o 1º ato
Que os sonhos não suplantem os fatos
E o frouxo laço vire um nó
Nos esqueçamos do que é ficar só
Para nos encontrarmos no sonhos teus
Pra que tu fique nos braços meus
No amanhecer desse dia nublado.
Ou abra para mim uma janela
Deixe – me perceber a cor da luz
Atravessar o corredor até seu quarto
E permitir que se complete o 1º ato
Que os sonhos não suplantem os fatos
E o frouxo laço vire um nó
Nos esqueçamos do que é ficar só
Para nos encontrarmos no sonhos teus
Pra que tu fique nos braços meus
No amanhecer desse dia nublado.
O perdedor
Escrito em:11/1997
Agora tudo a ti pertence
Toda a vida, todo o afeto
Os olhares ternos e sinceros
As palavras
Parabéns, vencedor
Parabéns pelo que ganhou
Teus olhos irradiam alegria
Tua alma é fervor
Então, em minha triste solidão
Enxergo sorrisos enquanto choro
Minha alma é apenas um sopro
Não há mais vida nestes olhos
Parabéns vencedor, para ti os prêmios
Para mim decepção e dor
Escondo – me em meu antro escuro
Fecho os olhos
As horas passam e espero pelo fim
Pelo meu fim
Mas como queria ver tua dor
Ver tua alma despedaçada
Como queria nunca os ver
Parabéns vencedor, viva.
Agora tudo a ti pertence
Toda a vida, todo o afeto
Os olhares ternos e sinceros
As palavras
Parabéns, vencedor
Parabéns pelo que ganhou
Teus olhos irradiam alegria
Tua alma é fervor
Então, em minha triste solidão
Enxergo sorrisos enquanto choro
Minha alma é apenas um sopro
Não há mais vida nestes olhos
Parabéns vencedor, para ti os prêmios
Para mim decepção e dor
Escondo – me em meu antro escuro
Fecho os olhos
As horas passam e espero pelo fim
Pelo meu fim
Mas como queria ver tua dor
Ver tua alma despedaçada
Como queria nunca os ver
Parabéns vencedor, viva.
Ainda sem nome
Não há nenhuma certeza
Apenas as mãos trêmulas
A distância imensa
A vontade de saber o que pensas
Talvez o ame e nem saiba
O coração palpita
O sonho ele invade
Nos pensamentos ele quem cabe
Apesar da céu sem limites
Do mar a ir e voltar
Que traz a calma
Lava a alma
Tem ele a ficar
Num desenho preto e branco
Em recados curtos
Há um sentimento sem nome
Que acabou de começar
Apenas as mãos trêmulas
A distância imensa
A vontade de saber o que pensas
Talvez o ame e nem saiba
O coração palpita
O sonho ele invade
Nos pensamentos ele quem cabe
Apesar da céu sem limites
Do mar a ir e voltar
Que traz a calma
Lava a alma
Tem ele a ficar
Num desenho preto e branco
Em recados curtos
Há um sentimento sem nome
Que acabou de começar
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