segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Combalido

Devolva meu sono limpo
Sem imagens a me acordar
Nao quero rememorar
E sentir a dor avançar na pele
Fazendo o relógio parar
Em forma de pesadelos
Solidão que veio de longe
De anos distantes
Que nem sabia que estava lá
Ficou perdido num papel mal escrito
Era espera de um amor falido
Aquele que já nasceu combalido
Pois só havia um  a amar.

Corte

E tenta criar histórias
Montar memórias
Sobre a fina camada de pó
Para tudo ficar simples
E sem dó
Quem saber passar despercebido
Deixar o passado num canto esquecido
Mas o peito ainda ferido
Insiste em sangrar
No meio da noite
Na luz do dia
Rezando para o corte fechar.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Por que?

Não quero cartas de amor
Nem tao pouco teu afago
Quanto mais perto de mim ficas
Mais me afasto
Porque teu olho pode me atravessar
Descobrir meu telhado de vidro
E no fim me abandonar
Ficarei eu, com mais chagas
Que não sei como curar
Essas marcas que não saram
Por que fui me apaixonar?