domingo, 25 de maio de 2008

Asas

Anjinhos tão bonitinhos voando no céu
Seguindo lindos caminhos
Provando favos de mel
Brincando sobre as nuvens
Desmanchado aquele véu
Que sempre esconde teus olhos
Que de mim afasta o fel.

Aquecer

Fica bem perto solzinho
Para poder me aquecer
Em troca te dou o carinho
Que nunca irá esquecer
Pois quando tu chegar me alegra
E te faço feliz
Nosso amor não tem regra
E tudo que eu sempre quiz

Pedido de Permissão

Permita amá-la a cada hora
No amanhecer a mesa posta
No entardecer um doce chá
No anoitecer o meu colo
A cama para desmanchar

Permita amá -la a cada hora
Cedinho teu cabelo pentear
Perfurmar teu corpo limpo
Olhando a renda branca
Escondida sob o vestido lindo
Arrumada para passear

Permita amá-la a cada hora
Escrever cartas singelas
Te dá as flores mais belas
Levar te pra junto de mim
Simplesmente de te cuidar.

No alto

Quatro paredes verdes
Duas janelas azuis
É pro alto que a escada conduz
Os sons da rua
A reza em busca de luz
Ficando bem perto da lua
Letras sozinha produz
Às vezes, se entrega nua
Àquele que vem e seduz.

Você

Sua casa é azul
Sua blusa vermelha
Seus olhos castanhos
Seu cabelo macio
Suas mãos longas
Seus dedos finos
E só vejo
Nem sinto

Debaixo do véu

Deixe o véu sobre estes olhos
Castanhos, calados, serenos
Seguindo teus passos
Deixe tudo em segredo
As luzes apagadas
Sinta apenas a pele quente
Para que nomes?
Se queres apenas um beijo
E depois ficam as lembranças
Despedidas breves
Certeza de ser tudo verdade
Debaixo do véu azulado

Sem janelas

Quem disse que não é verdade
Ouve minhas palavras
Que buscam a ti chegar
Atravessando essa cidade
Procurando te achar
Pois em ti fica a liberdade
Que tanto tento encontrar
Em mim a sinceridade
O tempo há de mostrar.

sábado, 24 de maio de 2008

Santa

Pequena estrada feita de sal
Marca o passo dessa saudade
E nada espanta o beijo meu
Vou ser santa do lado teu.

Pequenino Amor

Sou pequenino, mas vou te amar
Perdido no azul que não é do mar
Sonhando teu sonho pra não acordar
Vivendo quieto pra não assustar

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Descrença

Se tu vês e não estou, gritas
Mas se espero e não chegas, silencio
Quando chegas ouço teus pensamentos
Porém, pra ti, sou sem palavras
E, tendo assim uma estrada
Sigo sozinha sem tua mão
Desconfiado não me escutas
Na Ausência simples vê muito e então
Apago as luzes
Todos os nomes foram -se aos poucos do peito meu
Ficou a mágoa da descoberta
De que não sabes que sou só tua
Nada há de confiança
Vai embora a esperança
De amanhecer ao lado teu

Brevidade

Bem lembro, faz pouco tempo
Teu corpo encontrou o meu
E, no entanto, só lamento
Mais breve ainda, tudo perdeu.

Se acaso me quiseres

Se acaso me quiseres
Não te quero mais
Procuro a paz na chuva fina
Quimera que se perdeu


Se acaso me quiseres
Já não estou aqui
Outro caminho irei seguir
A teu pedido, vou partir

Se acaso me quiseres
Procure no velho baú
O sorriso que restou
Na face tristeza tu deixou.

Intacto

Que faço
Tanto espaço
Falto o abraço
Um beijo teu
Dia tão longo
Noite sozinha
E nos lençóis ninguém mexeu.

Dança

A confiança abraça a esperança
Juntas erguendo -se ao céu
Que bela dança
Caiu o lindo véu
Deixando livre a alegria
Sorrindo doce, feito crinça.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Descobertas

O dia chega ao seu final
Tem começo a espera
Palavras inscritas em papel étereo
Sorrisos em tinta multicor
E uma vontade imensa
De pará os relógios
Atravessar os fios
Celebrar o encontro na multidão
Rosto antes desconhecido
Virando refúgio doce na noite
Portas fechadas, luzes apagadas
E, então, o peito aperta
A boca seca
O tempo não parou.

Mudança

Se pudesse partir, iria
Para depois escrever cartas saudosas
Palavras em formatos de lágrimas
Surgindo na cidade nova
Rodeada de um burburinho permanente
De sorrisos ainda não vistos
À procura de um afago solitário
Quando a lua chega brilhante
Anunciando o dia de amanhã.

Casamento

Encontra
Olha
Esconde
Aproxima
Convida
Abraça
Beija
Afaga
Despe
Penetra
Une
Segue ao altar.

domingo, 11 de maio de 2008

Conselheira

Ele vem e conta sobre seus amores
Ela ouve, querendo ser dele
Serena responde entre sorrisos
Esconde a mão
Sufoca o beijo
Ele quer conselho
Ela quer abraço
Ele quer resposta
Ela quer silêncio
E no fim a noite chega
Ele vai
Ela fica
Nem um afago

Pedido

Não pense no amanhã
Pense no agora
Estou ao teu lado
Braços abertos
Sorriso largo
Lágrima de alegria
Diamante a brilhar
Abra os olhos
Um anel te espera
Meu peito te busca
Para apagar essa angústia
Te fazer única
Quero te amar..

Menino Bonito

Menino bonito do meu coração
Cedo do dia te encontro e então
Apenas sorrisos aqui vão ficar
E o céu sempre lindo há de brilhar
Tão doce e sereno ter sua mão
Ouvir tuas palavras
Sinceras e raras
Que não são ditas em vão
Agora preciso me despedir
O sono já chega e devo partir
Mas levo de ti um doce pedaço
Teu rosto na mente feito de traços

Achado

Com o olhar embaçado o vê atravessar o gramado
Desse lugar chamado conhecimento
Enquanto ele mesmo é desconhecido, o não escolhido
Seguindo os passos entre paredes cinzas
Lendo as palavras nas páginas azuis
Azuis feitas de etéreo e lisas
O vê, no mundo real
O aprecia com calma num mundo paralelo
Solitário, rouba -lhes os sorrisos
Para guardar num baú chamado memória
E, na noite fria
Cria com as lembranças novas estórias.